America Colonial

1.

No contexto da Revolução Mexicana, as lideranças de Emiliano Zapata e Pancho Villa representavam os interesses:

da Igreja Católica, preocupada em perder as suas propriedades com a expansão do comunismo.

da elite agrária, que combatia a penetração dos Estados Unidos em território mexicano.

dos camponeses empobrecidos que, entre outras reivindicações, lutavam pela reforma agrária.

da classe média urbana, que reivindicava melhores condições de trabalho nas fábricas.

nacionalistas, que se opunham à cessão da exploração das reservas de petróleo às empresas europeias.

2.

No princípio do século XIX, as colônias espanholas na América tiveram condições de deflagrar um movimento antimetropolitano que resultou na independência política dessas áreas coloniais.
Vários fatores estiveram associados àquele movimento; entre eles, destaca(m)-se a(s):

deliberações políticas do Congresso de Viena, as quais foram favoráveis à independência de colônias de nações europeias.

crise institucional portuguesa, que possibilitou o processo de independência brasileiro, o qual se tornou um modelo na América Latina.

Doutrina Monroe, que apregoava a independência e a autonomia política das nações latino-americanas frente aos Estados Unidos.

guerras travadas pelo Império Napoleônico, que alteraram o equilíbrio de forças na Europa e se refletiram nos domínios coloniais europeus.

3.

“Temos dois grandes exemplos diante de nossos olhos: a Revolução Americana e a Francesa. Imitemos discretamente a primeira e evitemos com muito cuidado os efeitos da segunda. (...) A Revolução Francesa é como um monstro de democracia extrema e de anarquia que, se for admitida na América, destruirá o mundo de privilégios (...) .”
(Francisco de Miranda, líder criollo no processo de independência da colônia espanhola – retirado do livro História da América Latina – cinco séculos – de Cláudia Wasserman)

Com base no texto acima, assinale a alternativa correta:

A colonização ibérica foi uma história marcada pela estabilidade política; por isso, apesar da vulnerabilidade econômica do continente, os regimes democráticos na América Latina, uma vez instalados, conseguem sedimentar a liberdade e o Estado de Direito.

Durante o processo da luta pela independência contra a metrópole, a elite criolla não se viu ameaçada por grupos sociais com propostas de mudanças mais profundas. Índios, escravos negros africanos, camadas médias e baixas da população não possuíam projetos republicanos e democráticos.

Imitar discretamente a Revolução Americana significa defender a manutenção do poder e dos privilégios aristocráticos, manutenção da escravidão e a ausência de radicalização popular no processo da luta pela independência.

A Revolução Americana seria um exemplo a ser seguido porque a elite criolla que conduziu a luta pela independência estava disposta a romper definitivamente com a metrópole, fomentar o desenvolvimento do mercado interno e desenvolver a industrialização nas repúblicas recém-instaladas.

4.

“(...) quando a Inglaterra fez empréstimos à Argentina para a construção de ferrovias, a maioria dos trilhos, material rolante, etc. foi comprada à Inglaterra com lucros para os fabricantes ingleses. A exportação de capital excedente trouxe, nesse caso, também, lucro para os industriais ingleses.”
(Leo Huberman, A História da Riqueza do Homem, Rio de Janeiro: Zahar, 1974, p.263.).
A prática indicada pelo historiador americano é típica do processo de monopolização e expansão capitalistas (imperialismo) a partir da segunda metade do século XIX. Neste processo ocorre também:

a recolonização de vastas áreas da América Latina, já agora dividida por Inglaterra e Estados Unidos da América.

o aumento pela disputa de áreas coloniais afroasiáticas que levarão à guerra potências tradicionais, como a Inglaterra, e novas, como a Alemanha.

a descolonização de amplos territórios até então dominados pelas potências europeias na América Latina.

a superação do capitalismo bancário, predominante na Europa desde a Era das Revoluções, pelo industrial, marcado pelo aparecimento de milhares de empresas.

a perda de poder de burguesias tradicionais europeias, como a italiana e a alemã, e a ascensão do moderno capitalismo inglês.

5.

Movimento que caracterizou, no século XIX, a defesa da união da dos países da América do Sul, visando o fortalecimento econômico e político da região.

Bolivarianismo.

Panamericanismo

Chavismo

Caudilhismo.

Peronismo.

6.

Sobre o processo de independência das colônias europeias da América e sua história no século XIX, é CORRETO afirmar:
I. O Brasil foi o único país a vivenciar a experiência monarquista após a declaração de independência.
II. Enquanto as colônias latino-americanas, em 1810, lutavam para conquistar a autonomia, os Estados Unidos lutavam contra a Inglaterra, para consolidar sua independência.
III. Os Estados Unidos mantiveram-se alheios e desinteressados nas soluções emancipacionistas latino-americanas, ao longo de todo o processo.
Está(ão) CORRETA(S) a(s) afirmativa(s):

I, apenas.

I e II, apenas.

I e III, apenas.

II, apenas.

7.

De 1880 a 1905, os movimentos de libertação nacional (isto é, as lutas contra o imperialismo) foram dirigidos predominantemente por líderes e caudilhos populares com uma ideologia liberal. Na época, as organizações operárias pareciam incapazes de assumir a própria batalha contra o colonialismo e o imperialismo.
(GONZALEZ. Citado por FARIA, Ricardo de Moura. História 2. Belo Horizonte: Lê, 1995, p. 195)
O texto acima:

se refere ao contexto social-histórico latino-americano.

se refere ao contexto social-histórico russo antes da Revolução.

trata da hegemonia do liberalismo entre as elites norte-americanas.

critica a passividade das organizações operárias européias.

8.

A primeira metade do século XIX foi palco da emancipação política de quase todas as colônias ibéricas na América Latina.
Dos fatores abaixo relacionados, assinale aquele que não contribuiu de forma efetiva com os movimentos de independência nesses países:

Apoio da Inglaterra, que tinha interesse na expansão de mercados.

Reação das elites que se formaram nas colônias, contra a opressão e exploração das metrópoles.

Crise do sistema colonial em face da consolidação capitalista.

Expansão dos movimentos guerrilheiros que desestabilizaram os governos locais.

Influência dos ideais iluministas, da independência dos EUA e da Revolução Francesa.

9.

“Quem olha hoje para o Haiti, miserável, degradado, dificilmente poderá pensar que o país foi o cenário da 'única revolta de escravos bem-sucedida da História'. No momento da Revolução Francesa, em 1789, a colônia francesa das Índias Ocidentais de Santo Domingo representava dois terços do comércio exterior da França e era o maior mercado individual para o tráfico negreiro europeu. Era a maior colônia do mundo, o orgulho da França e a inveja de todas as outras nações imperialistas. Sua estrutura era sustentada pelo trabalho de meio milhão de escravos. Dois anos após a Revolução Francesa, com seus reflexos em Santo Domingo, os escravos se revoltaram. Numa luta que se estendeu por 12 anos, eles derrotaram os brancos locais e os soldados da monarquia francesa, debelando também uma invasão espanhola, uma tentativa de invasão britânica com cerca de 60 mil homens e uma expedição francesa de tamanho similar comandada pelo cunhado de Napoleão. A derrota dessa expedição resultou no estabelecimento do Estado negro do Haiti.”
SADER, Emir. A grande revolução negra. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 04 jan. 2004.
Refletindo acerca da Revolução Francesa, da Independência do Haiti e do processo de emancipação das colônias na América, pode-se concluir que:

Os processos de emancipação das antigas colônias espanholas e portuguesas na América assemelhavam-se, em todos os aspectos, inclusive na adoção do regime de governo dos novos estados.

Os processos de emancipação no continente latino-americano foram influenciados, tanto pela Revolução Francesa, quanto pela Haitiana, o que resultou na Independência de todas as colônias espanholas na América, ainda na década de 1820.

A Independência do Brasil sofreu influência dos ideais da Revolução Francesa e Haitiana, o que ocasionou a Proclamação da República e também a Abolição da escravatura.

Os ideais burgueses tiveram repercussão sobre as guerras de independência das colônias hispânicas, no século XIX, salvo o caso do Vice- Reino do Peru.

A burguesia disputava espaço político na França. Essa luta repercutiu para além do continente europeu e influenciou os processos de emancipação política nas colônias ibéricas na América.

10.

TEXTO: 1
América Hispânica e América Portuguesa, futuro Brasil, viveram processos históricos parecidos, mas não idênticos, do final do século XV até a primeira metade do XIX.
Quanto aos processos de independência na América Hispânica e no Brasil no início do século XIX, pode-se afirmar que:

ambos foram negociados, mas no pósindependência a autonomia da América Hispânica foi apenas provisória e a brasileira se tornou definitiva.

ambos contaram com apoio militar dos Estados Unidos, mas no pós-independência o Brasil se aliou aos norte-americanos e a América Hispânica entrou em conflito com eles.

ambos receberam auxílio francês e inglês, mas no pós-independência o Brasil rompeu os laços com a Inglaterra e a América Hispânica se aproximou mais da França.

ambos foram marcados por guerras, mas no pós-independência a América Hispânica conservou a unidade do período colonial e o Brasil foi dividido politicamente.

ambos foram influenciados pelo pensamento iluminista, mas no pósindependência na América Hispânica predominou a idéia republicana e o Brasil se tornou uma monarquia.